"Ele não apagará o pavio que fumega" Is 42.3 b
"Ele não apagará o pavio que fumega" Is 42.3 b
O pavio fumegando nos fala de forças que se esvaem. Sonhos, o entusiasmo, a fome de Deus, o zelo pela missão... fatores que infelizmente se não forem alimentados pela oração morrem... Nesse texto Isaías nos apresenta “O Deus que não apaga o pavio que fumega”, mas que pelo contrário com seu sopro de amor acende a chama, vivifica e faz voltar a seu esplendor. Afinal Deus é misericórdia, seu amor por nós é incomensurável, aleluia! vale a pena ler esse texto, ótima motivação para oração. Estamos no ano da misericórdia, ano de avivamento espiritual. E desde todo antigo testamento a Sagrada Escritura nos revela a infinita misericórdia de Deus, sobretudo quando perdoa reacendendo a chama espiritual de seu povo.
Através da simbologia da cana rachada e do pavio que fumega, Deus revela Seu amor e misericórdia para com os caídos, machucados, necessitados de um novo avivamento. Pois só o fogo do Espírito Santo coloca a vida de Jesus em nós.
Esse texto me recorda as minhas aventuras a beira de uma churrasqueira. Às vezes é muito difícil colocar fogo no carvão, fazer que ele pegue fogo e finalmente se torne uma brasa viva que mantem calor e realize com eficácia sua função. Sinto que é com esse propósito que Isaías faz essa tremenda comparação, o messias esperado vem para colocar fogo no mundo, restaurar a aliança com o Senhor, queimar toda idolatria, trazendo um novo ardor, pela adoração, missão e pela busca de santificação. Não é atoa que Lucas relata o desejo ardente do Senhor Jesus “Fogo eu vim lançar a terra, e como eu gostaria que já estivesse acesso” (cf Lucas 12,49).
O pavio fumegando nos fala de forças que se esvaem.
O fogo que se apaga, representa as forças que se esvaem... De homens que eram cheios do fogo de Deus, que eram tremendamente usados pelo Senhor, que influenciavam sua geração, mas que se perderam em algum lugar o zelo, o ardor missionário, chegando há um estado de tibieza, de desanimo, desmotivação, perca de foco e muitas vezes até de contratestemunho.
É muito triste quando o Espírito Santo fala em nosso coração: “O que eu tenho contra vós e que abandonaste o teu primeiro amor” (cf Ap 2,4).
Algo que infelizmente pode se tornar natural em nossa caminhada... Se não mantemos a chama acesa ela naturalmente se apagará. “Não apagueis o Espírito’ (cf 1 Ts 5,19). Começamos a acostumar com a experiência e por rotina, pouco a pouco vamos aos afastando do primeiro amor. Nesse estado percebemos muitos sintomas:
a) Não rezamos mais com tanto animo e perseverança.
b) Abrimos brechas para situações de pecados com mais assiduidade.
c) Vamos desleixando no empenho missionário e busca de formação.
d) Abandonamos as obras de mortificação voluntárias (Jejum, vigílias, mortificações).
Por meio dessas brechas vamos entrando em estado de esfriamento espiritual. Como um pavio, perdemos a capacidade de absorver e manter o calor, e vamos apagando, apagando, até abandonar nosso chamado. A fumaça que agora exala (os sintomas citados acima) são os sinais claros de que precisamos urgentemente de um fogo renovado em nosso ser.
Se você sente hoje como um pavio que fumega, comece a clamar em suas orações: Senhor Aviva minha chama! Reze confiante na palavra que diz: “O Senhor não apaga a chama que fumega”, saiba que Deus é fiel e por meio da oração perseverante ele irá incendiar você, a tal ponto que seu coração se torne uma brasa viva. Para esses filhos amados o Senhor hoje diz: " Não permitirei que encerre sua missão de iluminar, antes farei reviver a chama". Aleluia!
Estamos no ano da misericórdia se você se afastou, VOLTE! Volte à experiência do primeiro amor, Jesus te ama e hoje quer incendiar com o fogo do Espírito Santo sua vida. Só o fogo do Espírito Santo coloca a vida de Jesus em nós, clame por esse fogo.
A paz e pentecostes!