Estado Islâmico nomeia Papa Francisco como inimigo ‘número um’

Embora os terroristas façam ameaças constantes ao cristianismo, Francisco tem insistido que a guerra contra o terrorismo não é religiosa.

Os terroristas descrevem Francisco como

O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) apontou o Papa Francisco como seu principal inimigo, relatou o site Express na última quarta-feira (31).

Em suas recentes publicações, os extremistas islâmicos descrevem o chefe da Igreja Católica como um "descrente" e o condena por "defender" os homossexuais que, segundo eles, “têm um estilo de vida imoral”.

Os terroristas também criticaram o papa por buscar ter um diálogo com a ala moderada do Islã. Dentre os muçulmanos moderados está o Sheikh Ahmed Mohamed el-Tayeb, imã da Mesquita de al-Azhar do Cairo, no Egito — considerado um apóstata pelo EI por descrever o cristianismo como uma religião de amor e paz.

O Papa Francisco tem insistido que a guerra contra o terrorismo travada em todo o mundo não é religiosa. "As religiões não querem a guerra. Os outros querem a guerra", disse ele durante sua viagem à Polônia para comemorar o Dia Mundial da Juventude no país.

O pontífice fez essa declaração aos repórteres no avião papal em meio a uma nuvem de desconforto e tensão, no mesmo dia que um padre teve sua garganta cortada em um ataque terrorista na Normandia, norte da França.

Em um artigo sobre o Papa Francisco publicado nos veículos de comunicação do grupo terrorista, o EI define o líder religioso como "pagão" e adverte: "A religião do Islã continuará sendo espalhada pela espada".

O grupo ainda acusa Francisco de se esconder por trás de "um véu enganador de boa vontade", a fim de subjugar os muçulmanos através do apaziguamento.

"Enquanto os papas anteriores falavam contra o Islã, devido à realidade de inimizade mútua entre cristãos ‘pagãos’ e muçulmanos ‘monoteístas’, os papas recentes — especialmente o Papa Francisco — tentaram pintar um retrato de amizade, orientando as massas muçulmanas a não cumprirem a obrigação de empreender a jihad (guerra) contra a descrença", anunciou o EI.

"Desconsiderando completamente a doutrina de sua própria igreja de julgar homossexuais como imorais por se envolverem no ato pervertido da sodomia, Francisco voltou a evitar a religião [islâmica] por causa da opinião pública", acrescentou o grupo.