Não há base científica para dizer que crianças nascem transgêneros, dizem pediatras

Criticada por pastores, padres e também psicólogos cristãos, a ideologia de gênero já foi considerada como abuso infantil pelo Colégio Americano de Pediatria.

Menino e meninas lavam as mãos em mesmo banheiro, juntos em escola dos EUA. (Foto: Reuters)

Menino e meninas lavam as mãos em mesmo banheiro, juntos em escola dos EUA. (Foto: Reuters)

Menino e meninas lavam as mãos em mesmo banheiro, juntos em escola dos EUA. (Foto: Reuters)

"Não há base científica" para os indivíduos transgêneros acreditarem que estão 'presos no corpo errado', segundo argumentou o Colégio Americano de Pediatria (ACP) em um relatório divulgado recentemente, no qual aborda a disforia de gênero em crianças.

Enquanto a administração Obama tenta impor uma diretiva que exige que as escolas aceitem a política de banheiros transgêneros em todo o país, para permitir que estes locais (e também os vestiários) sejam usados pelos estudantes 'conforme a sua identidade de gênero', a ACP, uma coalizão de pediatras conservadores, afirmou em um relatório divulgado no início deste mês que não é ético que adultos condicionem as crianças à uma compreensão distorcida da "realidade física" de seus corpos.

Elaborado em grande parte pela Dra. Michelle Cretella, uma pediatra de Connecticut (EUA), o relatório argumenta que a disforia de gênero é meramente uma condição "psicológica" e sugere que cerca de 80 a 95% das crianças que acreditam serem "meninos e meninas presas nos corpos errados, vão aceitar a realidade de seu sexo biológico em algum momento".

Isto poderá acontecer, no entanto, se as crianças não receberem algum tipo de tratamento para intervenção hormonal e não forem condicionadas a acreditar que realmente há algo de errado fisicamente com elas.

"O tratamento da disforia de gênero na infância com hormônios equivale efetivamente à experimentação em massa e esterilização de jovens que são cognitivamente incapazes de fornecer o consentimento informado", explica o relatório. "Há um problema ético sério em permitir que procedimentos irreversíveis, de mudança de vida, sejam realizados em menores de idade, que são jovens demais para dar um consentimento válido por si mesmos. Os adolescentes não podem entender a magnitude de tais decisões".

No início deste ano, a ACP divulgou um comunicado afirmando que o ato de "condicionamento de crianças para acreditar que uma vida inteira de representação química e cirúrgica do sexo oposto são normais e saudáveis, configura um abuso infantil".

Como agora existem 40 clínicas de gênero nos Estados Unidos que promovem o uso da inibição da puberdade e o uso de hormônios para evoluir crianças transexuais, os alertas da faculdade são para que se ponha um fim a esse condicionamento, e que as crianças deixem de ser biológicamente prejudicadas.

"A ética só exige que se coloque um fim ao uso da inibição da puberdade, de hormônios para transgêneros e de cirurgias de mudança de sexo em crianças e adolescentes", sugere o relatório. "O colégio recomenda uma cessação imediata dessas intervenções, bem como um fim da promoção da ideologia de gênero através de programas escolares e de políticas legislativas. A Secretaria de Saúde e a legislação escolar deverão permanecer ancoradas à realidade física".

A ACP divulgou um comunicado afirmando que a ideologia de gênero configura um abuso infantil. (Foto: Getty Images)

Alguns médicos, como a Dra. Michelle Forcier, da Universidade de Brown e a Dra. Johanna Olson-Kennedy, do Hospital Infantil de Los Angeles, argumentam que a disforia de gênero é causada por uma discordância natural entre o cérebro e o corpo da criança. No entanto, o relatório da ACP discorda da teoria de que "as crianças transexuais nascem assim".

"Não há nenhuma evidência de que as pessoas nascem com microestruturas do cérebro que sejam inalteráveis, mas também não há evidência significativa de que a experiência muda a microestrutura do cérebro", afirma o relatório. "Portanto, se as diferenças cerebrais transgênero válidas forem identificadas, estas serão provavelmente o resultado de um comportamento trans em vez de sua causa".

"Mais importante, no entanto, é o fato de que os cérebros de todos os bebês do sexo masculino se masculinizam no pré-natal por causa de sua própria testosterona endógena, que é segregada a partir de testículos, no começo da gestação, com aproximadamente oito semanas", acrescenta o relatório. "Nos bebês do sexo feminino, é claro, não há testículos e, portanto, seus cérebros não serão masculinizados pela testosterona endógena".

De acordo com um estudo de 2003, realizado na Suécia, transexuais que mudam de gênero com a mutilação de seus corpo ou pela terapia hormonal têm uma taxa de suicídio mais elevada que a população em geral.

O estudo, que acompanhou 191 pessoas que mudaram do sexo masculino para o feminino e 133 que mudaram do sexo feminino para o masculino, de 1973 a 2003, descobriu que as tentativas de suicídio dos pacientes em tratamento psiquiátrico e que decidiram mudar de sexo, na verdade, aumentaram.

 

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN POST