VENCENDO A TENTAÇÃO! Como controlar os pensamentos que me levam a masturbar?

VENCENDO A TENTAÇÃO!

Como controlar os pensamentos que me levam a masturbar?

Aprendendo com Santo Afonso de Ligório Santo e Doutor da Igreja sobre a vigilância da mente.

1º Elemento:  VIGILÂNCIA SOBRE OS PENSAMENTOS

 A respeito dos maus pensamentos encontra-se, muitas vezes, um duplo engano:

Um dos maiores dramas de um jovem recém-convertido  é lutar contra os pensamentos sexuais que os atormentam a todo momento. “Às vezes parece que estamos dentro do olho do furacão, esses pensamentos vem até mesmo quando estamos em oração”. Dizia-me um irmão de comunidade lutando contra o vício da pornografia e masturbação. Mas afinal, esses pensamentos são pecados contra a castidade?  Como podemos vencer esses pensamentos que nos assaltam nas horas mais vulneráveis do dia?

Para iniciar essa reflexão Santo Afonso de Ligório nos ensina que:  Alguns cristãos recém convertidos não possuem o dom do discernimento e são inclinadas aos escrúpulos, pensam que todo mau pensamento que lhes sobrevêm é já um pecado. Eles estão enganados, porque os maus pensamentos em si não são pecados, mas só e unicamente o consentimento neles. Grave bem isso, o pensamento que vem sobre nosso coração não é pecado, mas o consentimento a adesão ao ato sim.  Santo Agostinho ensina que não pode haver pecado onde falta o consentimento da vontade.

Por mais que sejamos atormentados pelas tentações, pela rebelião de nossos sentidos, pelas comoções ou sensações desregradas de nossa natureza corpórea, não existe pecado algum enquanto faltar o consentimento, como ensina também São Bernardo, dizendo: "O sentimento não causa dano algum, contanto que não sobrevenha o consentimento".

Então posso ficar pensando, vendo cenas pornográficas que não estou pecando, basta não consentir?

Claro que não “KBÇAUM” Assim como as más obras nos separam de Deus, também os maus pensamentos nos afastam d'Ele e nos privam de Sua graça. "Pensamentos perversos nos separam de Deus" veja (Sab 1, 3). Como as más obras estão patentes aos olhos de Deus, também Sua vista alcança todos os nossos maus pensamentos para condená-los e puni-los, pois "um Deus de ciência é o Senhor, e diante d'Ele estão patentes todos os pensamentos" (I Rs 2, 3).

Para consolar tais almas, quero oferecer-lhes aqui uma regra prática, aceita por quase todos os teólogos:

 Devemos considerar três coisas quando se trata de um pecado de pensamento, a saber: a sugestão, à vontade e o consentimento. Alguns esclarecimentos a esse respeito:

 

a) A SUGESTÃO                                                                                                                                                          

Sob a palavra sugestão entende-se o primeiro pensamento que nos incita a praticar o mal que nos vem à mente. Esta instigação ou incitamento ainda não é pecado; se a vontade a repele imediatamente, é mesmo uma fonte de merecimentos.

Grave bem isso:

 "Para cada tentação a que opuseres resistência, se te deverá uma coroa", diz Santo Antão.  Aprendi uma coisa nesses oito anos de caminhada, por mais cheio do Espírito Santo que formos, os nossos hormônios não se convertem.

Até os Santos foram perseguidos por tais pensamentos. São Bento revolveu-se sobre os espinhos para vencer uma tentação impura, e São Pedro de Alcântara lançou-se em poço de água gelada.

SEM SACRIFÍCIO NÃO HÁ GLÓRIA!

São Francisco de Sales diz que quando um ladrão procura arrombar uma porta, é porque não está ainda dentro da casa; assim também, quando o demônio tenta uma alma, é porque se acha ela ainda na graça de Deus.

São Paulo nos informa que também ele foi tentado contra a pureza: "E para que a grandeza das revelações não me ensoberbesse, foi-me dado um espinho em minha carne, um anjo de satanás para me esbofetear" (2 Cor 12, 7). O Apóstolo suplicou várias vezes ao Senhor que o livrasse desse inimigo: "Por essa causa roguei ao Senhor três vezes que o afastasse de mim". O Senhor não quis, porém, dispensá-lo do combate, e respondeu-lhe: "Basta-te a minha graça".

E por que não queria o Senhor livrá-lo? Para que adquirisse maiores méritos por sua resistência à tentação: "Porque a virtude se aperfeiçoa na fraqueza".

Santa Catarina de Sena foi uma vez horrivelmente atormentada pelo demônio, durante três dias, com fortes tentações impuras. Apareceu-lhe então o Senhor para consolá-la, e ela perguntou-lhe: -Mas onde estivestes, Senhor meu, durante estes três dias? Jesus respondeu-lhe: Dentro do teu coração, dando-te força para resistires à tentação. E o Senhor deu-lhe a conhecer que o seu coração estava, depois da tentação, mais puro que antes.

B) À SUGESTÃO SEGUE-SE A VONTADE.

 Quando não repelimos imediatamente a tentação, começamos automaticamente a sentir vontade de pecar.  Se, porém, não recorrermos então a Deus e não nos esforçarmos por resistir à tentação, facilmente nos sentiremos arrastados ao consentimento e perdidos, segundo as palavras de Santo Anselmo (De similit., c. 40): "Se não procuramos impedir a vontade, ela se transformará em consentimento e matará a alma".

 C) DA VONTADE PASSA-SE AO CONSENTIMENTO

Toda a malícia do mau pensamento está, porém, no consentimento. Havendo consentimento, perde-se a graça de Deus, e imediatamente se lança no pecado.  Quer se tenha o desejo de cometer um pecado determinado, quer se pense ou reflita com prazer no pecado como se o estivesse cometendo. Nesse caso o pensamento também é pecado, (Mateus 5,27-28)  “Ouvistes que foi dito: ‘Não cometerás adultério’.  Ora, eu vos digo: todo aquele que olhar para uma mulher com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela em seu coração.

Se fores, pois, assaltado por tais tentações, JOVEM! Não desanime, não perca a coragem, antes, com animo cheio do Espírito Santo, Santo Afonso nos ensinará como combater nessa batalha, empregando os meios que te vou indicar, e não sucumbirás:

Continue lendo e você aprenderá seis elementos que te ajudaram a lutar contra os desejos desordenados de sua alma. Leia mais...https://voltandoparaacasadopai.webnode.com/news/aprendendo-a-viver-a-castidade-com-os-ensinos-de-santo-afonso-de-ligorio-parte-1/ texto 1